quinta-feira, 24 de março de 2011

ADEUS, URSINHO KNUT! SAUDADES...


Desculpem, mas estou muito triste. Uma história linda terminou antes do tempo. De repente. Um personagem encantador deixou este mundo. O ursinho polar Knut. Ele nasceu em dezembro de 2006, no zoológico de Berlin, Alemanha. Mas ele e um irmãozinho foram rejeitados pela mãe, que recusou alimentá-los. O irmão morreu. Knut, alimentado cuidadosamente por Thomas Dörflein, seu tratador, seu amigo inseparável, resistiu. Contudo, especialistas queriam que o zoológico sacrificasse o pequeno urso, com alegações estapafúrdias, digo até boçais, afirmando que Knut sofreria problemas de comportamento, que o contato com as mãos humanas não seria bom etc etc etc.
Mas a vida venceu a demência e o Knut transformou-se numa personalidade mundial. Atração impar, arrastava multidões para vê-lo de perto. Cerca de 15000 pessoas por dia, segundo estatísticas. Foi capa da revista “Vanity Fair” com Leonardo di Caprio e gerou uma série de produtos, desde ursos de pelúcia até marshmallows e figuras de porcelana. O zoológico de Berlim até teve que contratar seguranças para ajudar a organizar as multidões. Knut cresceu, ficou enorme e, por precauções, Thomas Dörflein foi proibido de aproximar-se dele. Pelos cuidados com os fãs foi afastado do público. Em 2008 Thomas Dörflein faleceu de ataque cardíaco. A vida de Knut começaria a tropeçar. O zoológico queria uni-lo a uma fêmea. Não deu muito certo. Com certeza, ele sentia falta das brincadeiras com as centenas de pessoas que o aplaudiam diariamente. E no sábado 19 de março, faleceu, talvez por uma crise epilética gerada pelo estresse. “Ele não estava feliz. Elas (as fêmeas colocadas com ele numa área cercada do zoológico) ficavam rosnando para ele e o jogando na água”, disse ao “Spiegel Online” Annemarie Bürger, aposentada que vinha ver Knut toda semana, no domingo, entre soluços. “Ele morreu cedo demais”.
Roswitha Klekotta-Last também o velava. Ela disse: “Ele vai se reencontrar com Thomas Dörflein lá em cima agora. Isso é um pouco de conforto”.
No início desta história, nas primeiras notícias sobre o nosso querido ursinho, manifestei minha indignação pela possibilidade de sacrificarem o doce Knut. Numa crônica publicada no jornal A Palavra, de Descalvado, registrei o que sentia. Eis a crônica: http://www.falesemmedo.com/knut.doc.

2 comentários:

  1. Nossa não sabia dessa história... fiquei até emocionada... O ser humano é dose, mania de quewrer ter o controle de tudo... Ainda bem que às vezes surgem algumas excessões e fazem a diferença... Que ele descanse em paz..

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  2. Mais uma dos humanos, a historia não é bonita, é triste.

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