“Esperar
que a vida lhe trate bem porque você é uma boa pessoa, é como esperar que um
tigre não te ataque, porque é vegetariano. ”
(Bruce
Lee)
Ler ou ouvir
os noticiários, é tomar ciência de novos casos de roubalheira, sem que os
principais culpados sejam apeados de seus cargos, e devidamente trancafiados
atrás das grades de qualquer prisão de segurança máxima. O que vemos são os
responsáveis diretos pela situação em que nos encontramos, tendo espaços na mídia
para desfilar suas bravatas e ameaças, enquanto a inflação crescente solapa com
a economia popular.
Estes
pretensos comunistas encastelados em altos cargos do país, não passam de
inescrupulosos oportunistas, sem qualquer ideologia política, senão aquela de
se locupletarem às custas do sacrifício da sociedade. Na China ou na Coreia do
Norte, se produzissem um décimo dessas maracutaias, já teriam sido devidamente
fuzilados. Aliás, em qualquer país com um mínimo de seriedade, já teriam sido
afastados e sendo julgados pela sucessão de crimes cometidos contra a nação e a
sociedade brasileira.
No entanto,
somos obrigados a assistir longas entrevistas de cidadãos envolvidos até o
pescoço, manuseando palavras, para tentar provar que todo o dinheiro que
possuem em contas no exterior, são fruto de um trabalho honesto. É como passar
um diploma de otário para todos nós. Mas no fundo, a culpa é toda nossa que não
sabemos nossa principal arma que é o voto. Elegemos falastrões que tudo
prometem e nada cumprem, e voltamos a elegê-los ouvindo as mesmas mentiras. Há
anos, em todo o período eleitoral, apenas para citar um exemplo, os candidatos de
um determinado partido que hoje governa São Paulo, promete aos cidadãos da
Baixada Santista, a construção de uma ligação seca entre a ilha de São Vicente
e a ilha de Santo Amaro. Toda eleição é um exercício de mágica na apresentação
de maquetes e desenhos, mostrando as maravilhas que será o túnel ou a ponte que
porá fim ao sistema de balsas entre Santos e Guarujá.
Terminado o
período eleitoral, os desenhos somem, as maquetes vão para o lixo, até que
daqui a quatro anos, novas promessas, novos desenhos, novas maquetes, novas
falácias a entrutar um eleitorado que continua acreditando em promessas vãs.
Com isso, o tempo passa, e estamos vendo as esperanças desfilar em trapos neste
sambódromo de ilusões em que transformaram o Brasil. E assim caminhamos para a
morte lenta desta nação, até que apareçam novos Quixotes, que unidos, poderão
derrubar os moinhos de vento da corrupção.
CARLOS PINTO
Jornalista
(07.11.15)
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