domingo, 8 de novembro de 2015

A MORTE LENTA DE UMA NAÇÃO.


 
“Esperar que a vida lhe trate bem porque você é uma boa pessoa, é como esperar que um tigre não te ataque, porque é vegetariano. ”

(Bruce Lee)

            Estamos assistindo em capítulos, a agonia de um sistema falido que tentaram implantar no país. O odor que exala de gabinetes e ministérios em Brasília, é o típico cheiro de um tecido socialmente podre, carcomido pela corrupção que avassala o Brasil. Somente uma ruptura total com isso que aí está, poderá salvar esta nação da morte lenta para a qual caminha. Enquanto todos assistem apáticos a esse desenlace, apenas um Don Quixote, o juiz Sergio Moro, tenta derrubar os moinhos de vento da quadrilha que se apoderou do país.

Ler ou ouvir os noticiários, é tomar ciência de novos casos de roubalheira, sem que os principais culpados sejam apeados de seus cargos, e devidamente trancafiados atrás das grades de qualquer prisão de segurança máxima. O que vemos são os responsáveis diretos pela situação em que nos encontramos, tendo espaços na mídia para desfilar suas bravatas e ameaças, enquanto a inflação crescente solapa com a economia popular.

Estes pretensos comunistas encastelados em altos cargos do país, não passam de inescrupulosos oportunistas, sem qualquer ideologia política, senão aquela de se locupletarem às custas do sacrifício da sociedade. Na China ou na Coreia do Norte, se produzissem um décimo dessas maracutaias, já teriam sido devidamente fuzilados. Aliás, em qualquer país com um mínimo de seriedade, já teriam sido afastados e sendo julgados pela sucessão de crimes cometidos contra a nação e a sociedade brasileira.

No entanto, somos obrigados a assistir longas entrevistas de cidadãos envolvidos até o pescoço, manuseando palavras, para tentar provar que todo o dinheiro que possuem em contas no exterior, são fruto de um trabalho honesto. É como passar um diploma de otário para todos nós. Mas no fundo, a culpa é toda nossa que não sabemos nossa principal arma que é o voto. Elegemos falastrões que tudo prometem e nada cumprem, e voltamos a elegê-los ouvindo as mesmas mentiras. Há anos, em todo o período eleitoral, apenas para citar um exemplo, os candidatos de um determinado partido que hoje governa São Paulo, promete aos cidadãos da Baixada Santista, a construção de uma ligação seca entre a ilha de São Vicente e a ilha de Santo Amaro. Toda eleição é um exercício de mágica na apresentação de maquetes e desenhos, mostrando as maravilhas que será o túnel ou a ponte que porá fim ao sistema de balsas entre Santos e Guarujá.

Terminado o período eleitoral, os desenhos somem, as maquetes vão para o lixo, até que daqui a quatro anos, novas promessas, novos desenhos, novas maquetes, novas falácias a entrutar um eleitorado que continua acreditando em promessas vãs. Com isso, o tempo passa, e estamos vendo as esperanças desfilar em trapos neste sambódromo de ilusões em que transformaram o Brasil. E assim caminhamos para a morte lenta desta nação, até que apareçam novos Quixotes, que unidos, poderão derrubar os moinhos de vento da corrupção.

CARLOS PINTO
Jornalista

(07.11.15)

 

 

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