segunda-feira, 29 de maio de 2017

LULA, MESTRE EM RETÓRICA.



Para começo de conversa, não sou partidário do PT, aliás de nenhum partido político. Vou comentar sobre Luiz Inácio Lula da Silva, o Lula, como orador. Não vem à questão se ele é ou não corrupto, se ganhou ou não dinheiro ilicitamente, se é dono ou não de propriedades não declaradas. Falo dele como argumentador emérito, dono de oratória surpreendente. Sabe como enfrentar o público de maneira poderosa, usando a metáfora, a metonímia, a eloquência, a naturalidade e o seu indiscutível carisma como armas de sedução às suas ideias. Apesar do pouco estudo (o que dizem), é um homem de inteligência rara. Conduz seus discursos trabalhando com maestria a persuasão e a empatia, domina seus argumentos como enredos para que se registrem na História. Quando se defende, traz para si, para a sua imagem, o aspecto ingênuo da tranquilidade, da inocência, como a criança que lhe imputem injustamente o simples roubo de uma bala. Quando ataca, arma-se de lanças, espadas e flechas como um guerreiro ateniense na batalha de Salamina. Saem de sua boca a devastação política ao lado oposto. Mostra-se feroz, ruge como leão, e impõe seus argumentos na contrapartida da defesa contra a acusação. Não é à toa que se tornou no maior líder sindical da história brasileira, no criador de um dos maiores partidos políticos do país e presidente da república.
Deu-me vontade de fazer este comentário, uma vez que no meu ofício de comunicador, a Retórica (Oratória) é a coluna mestra do sucesso.



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