Para começo de conversa, não sou
partidário do PT, aliás de nenhum partido político. Vou comentar sobre Luiz
Inácio Lula da Silva, o Lula, como orador. Não vem à questão se ele é ou não
corrupto, se ganhou ou não dinheiro ilicitamente, se é dono ou não de
propriedades não declaradas. Falo dele como argumentador emérito, dono de
oratória surpreendente. Sabe como enfrentar o público de maneira poderosa,
usando a metáfora, a metonímia, a eloquência, a naturalidade e o seu indiscutível
carisma como armas de sedução às suas ideias. Apesar do pouco estudo (o que
dizem), é um homem de inteligência rara. Conduz seus discursos trabalhando com
maestria a persuasão e a empatia, domina seus argumentos como enredos para que
se registrem na História. Quando se defende, traz para si, para a sua imagem, o
aspecto ingênuo da tranquilidade, da inocência, como a criança que lhe imputem
injustamente o simples roubo de uma bala. Quando ataca, arma-se de lanças,
espadas e flechas como um guerreiro ateniense na batalha de Salamina. Saem de
sua boca a devastação política ao lado oposto. Mostra-se feroz, ruge como leão,
e impõe seus argumentos na contrapartida da defesa contra a acusação. Não é à toa
que se tornou no maior líder sindical da história brasileira, no criador de um
dos maiores partidos políticos do país e presidente da república.
Deu-me vontade de fazer este
comentário, uma vez que no meu ofício de comunicador, a Retórica (Oratória) é a
coluna mestra do sucesso.
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